domingo, 26 de abril de 2009

O que é Autismo?

O autismo altera a forma como vemos e experienciamos o mundo. Uma criança autista não interpreta as coisas ou os sentimentos como nós. É difícil para um miúdo autista relacionar-se com outros miúdos ou expressar-se através de palavras. Os miúdos autistas normalmente isolam-se num mundo deles e precisam de ajuda para comunicar.Crianças com autismo têm mais dificuldade, ou não conseguem, associar coisas. Por isso às vezes os autistas têm acessos de muito mau humor. Não é por mal... é apenas frustração.Gostam de seguir rotinas, que são sempre iguais. É a maneira que eles encontraram de organizar um mundo que é diferente do nosso. E quem diz a rotina, diz também a forma como os objectos ou brinquedos devem ser arrumados da maneira deles. E ficam muito chateados se alguém mudar essa ordem.Quando um miúdo tem autismo, o cérebro dele tem dificuldade em realizar um trabalho muito importante: que o mundo faça sentido. O autismo pode ser ligeiro, afectando apenas parte da vida quotidiana, ou ser mais profundo, tornando a pessoa muito mais dependente dos outros.O que causa o autismo?O autismo afecta cerca de 1 em cada 150 miúdos, mas ninguém sabe ainda qual a causa. Alguns cientistas pensam que existem crianças com maior probabilidade de ter autismo porque já existe ou existiu alguém autista na família. Esta é uma explicação genética. Mas existem crianças que são autistas sem nunca ter havido ninguém autista na família. Como é diagnosticado o autismoPerceber se uma criança é autista pode ser difícil. Normalmente, são os pais os primeiros a suspeitar que algo se passa. Talvez a criança já tenha idade para começar a falar e não o faz, talvez não demonstre interesse pelas outras pessoas ou tem comportamentos estranhos. O problema é que o autismo não é a única explicação para estes problemas. Uma criança com problemas de audição também vai ter dificuldade em aprender a falar.A juntar a isto, os teste de laboratório normalmente também são normais em crianças autistas. No entanto, os médicos fazem estes testes para excluir outras doenças ou problemas. Estes teste incluem análises ao sangue, urina, audição, ondas cerebrais, teste de QI (quociente de inteligência, embora o resultado destes teste não seja conclusivo).Muitas vezes, reúne-se uma equipa de especialistas de várias áreas para determinar se a criança é autista.Como podemos tratar o autismo?Infelizmente não existe cura para o autismo, mas os médicos, terapeutas, pais e professores podem ajudar as crianças com autismo a ultrapassar ou a ajustarem-se às dificuldades. Quanto mais cedo a criança começar a terapia para o autismo melhor.As crianças são diferentes e têm necessidades diferentes, mas aprender a comunicar é um primeiro passo fundamental. Aprender a falar pode ser complicado para as crianças autistas, mas não é impossível. Muitos miúdos autistas percebem melhor as palavras quando as vêem, por isso os terapeutas ensinam os miúdos a comunicar com a ajuda de imagens ou mesmo com linguagem gestual. Este método ajuda os miúdos autistas a aprender outras coisas e muitos acabam mesmo por aprender a falar.Crianças com autismo ligeiro podem mesmo ir à escola normalmente, mas a maioria precisa de uma escola especial, mais calma, com professores especiais.Viver com o autismoMuitas crianças com autismo ligeiro vão crescer e ser capazes de viverem a sua vida de forma quase autónoma. Mas aqueles com autismos mais profundos vão sempre precisar de ajuda. Mas não te esqueças, todas as crianças autistas podem ter uma vida feliz se tiverem o apoio e amor dos pais, irmãos, família, médicos, professores e colegas. Retirado e adaptado daqui

Os Deficientes Mentais frente as novas tecnologias

Gostaria de continuar a destacar a importância da Informática Educativa e sua aplicabilidade para os deficientes mentais. Já foi citado o LOGO como um recurso da informática para os deficientes mentais e, continuar destacando o uso do computador, pelas diversas vantagens na sua exploração e sua utilização na prática pedagógica com essas pessoas.Temos experiências positivas quanto o uso da informática educativa no cotidiano escolar com os deficientes mentais e Portadores de necessidades Especiais..A criança com deficiência mental, exige atenção"especial" e deve ser compreendida em sua situação, tratando-a com todos os direitos do ser humano na fase de seu desenvolvimento. É necessário entendermos que se trata de uma criança diferente, e isto exige que pais, educadores e a sociedade se entendam à sua diferença.O computador deve ser visto como uma ferramenta cognitiva, para viabilizar descobertas e o desenvolvimento das habilidades.Devemos entender que não podemos mais ignorar o uso do computador e as novas tecnologias do processo ensino-aprendizagem, pois o cidadão deste final de século está rodeado pela informática nas mais diversas situações do dia-a-dia. Cabe à educação trabalhar este instrumento, para que, desta forma, possa contribuir para a inclusão da criança, jovem e adulto de deficiência mental nesse contexto. Precisamos preparar o cidadão para cada vez mais conviver com a informatização, presente na sua rotina diária, usando-a de forma correta e o mais adequado possível.

A importância da formação de professores para atuar com crianças deficientes auditivas


Inclusão da criança deficiente auditiva no ensino regular: uma visão do professor de classe comum.Maria José Monteiro Benjamin BuffaLocation:




O presente estudo teve como objetivo descrever e analisar a visão dos professores de ensino regular a respeito da inclusão da criança deficiente auditiva em classe comum das escolas da rede de ensino estadual, municipal e particular. Participaram, respondendo um questionário, professores de educação infantil e primeiras séries do ensino fundamental (1ª a 4ª série), selecionados aleatoriamente, num total de 196, sendo 73 de rede estadual, 54 da particular e 69 da municipal. Realizou-se intervenção no ensino fundamental buscando a formação de professores e a inclusão escolar da criança deficiente auditiva. Dos 196 (15,4% do universo) professores questionados, 83,16% (163) são a favor da inclusão da criança deficiente auditiva no ensino regular. A maioria, 56,63% (111), é formada em curso superior, sendo 55,85% (62) destes formados em Pedagogia. Dos professores participantes, 81,62% (160) sentem-se despreparados para atuar com criança deficiente auditiva, apesar de 45,91% (90) já terem atuado com as mesmas. Concluiu-se que os cursos de formação de professores não os preparam devidamente, para o exercício do Magistério conforme as exigências impostas pelo movimento de inclusão escolar; mas, mesmo assim a maioria dos professores é a favor da inclusão da criança deficiente auditiva no ensino regular, desde que sejam tomadas providências para sua real efetivação.

Surdez - Como prevenir e o que fazer

São muito os fatores que levam à deficiência auditiva ou surdez. Há também atitudes preventivas que possibilitam impedir que a criança venha a desenvolver deficiência auditiva. Mas, uma vez constatada a deficiência, a busca de tratamento deve ocorrer rapidamente. Conheça algumas dicas para reconhecer sinais de deficiência auditiva e como lidar com a situação. Deficiência auditiva - O que é Deficiência auditiva é o nome usado para indicar perda de audição ou diminuição na capacidade de escutar os sons. Qualquer problema que ocorra em alguma das partes do ouvido pode levar a uma deficiência na audição. Entre as várias deficiências auditivas existentes, há as que podem ser classificadas como condutiva, mista ou neurossensorial. A condutiva é causada por um problema localizado no ouvido externo e/ou médio, que tem por função "conduzir" o som até o ouvido interno. Esta deficiência, em muitos casos, é reversível e geralmente não precisa de tratamento com aparelho auditivo, apenas cuidados médicos. Se ocorre uma lesão no ouvido interno, há uma deficiência que recebe o nome de "neurossensorial". Nesse caso, não há problemas na "condução" do som, mas acontece uma diminuição na capacidade de receber os sons que passam pelo ouvido externo e ouvido médio. A deficiência neurossensorial faz com que as pessoas escutem menos e também tenham maior dificuldade de perceber as diferenças entre os sons. A deficiência auditiva mista ocorre quando há ambas perdas auditivas: condutiva e neurossensorial numa mesma pessoa. O que causa a deficiência auditivaSão várias as causas que levam à deficiência auditiva. A deficiência auditiva condutiva, por exemplo, tem como um dos fatores o acúmulo de cera no canal auditivo externo, gerando perda na audição. Outra causa são as otites. Quando uma pessoa tem uma infecção no ouvido médio, essa parte do ouvido pode perder ou diminuir sua capacidade de "conduzir" o som até o ouvido interno. No caso da deficiência neurossensorial, há vários fatores que a causam, um deles é o genético. Algumas doenças, como rubéola, varíola ou toxoplasmose, e medicamentos tomados pela mãe durante a gravidez podem causar rebaixamento auditivo no bebê. Também a incompatibilidade de sangue entre mãe e bebê (fator RH) pode fazer com que a criança nasça com problemas auditivos. Uma criança ou adulto com meningite, sarampo ou caxumba também pode ter como seqüela a deficiência auditiva. Infecções nos ouvidos, especialmente as repetidas e prolongadas e a exposição freqüente a barulho muito alto também podem causar deficiência auditiva. Como reconhecer É extremamente importante que a deficiência auditiva seja reconhecida o mais precocemente possível. Para tanto, os pais ou responsáveis devem observar as reações auditivas da criança. Os especialistas da área são enfáticos quanto à necessidade de tratamento o mais cedo possível. Nos primeiros meses o bebê reage a sons como o de vozes ou de batidas de portas, piscando, assustando-se ou cessando seus movimentos. Por volta do quarto ou quinto mês a criança já procura a fonte sonora, girando a cabeça ou virando seu corpo. Se o bebê não reage a sons de fala, os pais devem ficar atentos e procurar aconselhamento com o pediatra, pois desde cedo o bebê distingue, pela voz, as pessoas que convivem com ele diariamente. Deve-se também estar atento à criança que assiste à televisão muito próxima do aparelho e que pede sempre para que o volume seja aumentado; só responde quando a pessoa fala de frente para ela; não reage a sons que não pode ver; pede que repitam várias vezes o que lhe foi dito, perguntando "o quê?", "como?" ou tem problemas de concentração na escola. Crianças com problemas comportamentais também podem estar apresentando dificuldades auditivas. Até uma ligeira perda na capacidade de percepção auditiva pode influenciar o comportamento e o desenvolvimento da criança. O que fazer Uma vez constatada a deficiência, deve-se buscar um especialista em Otorrinolaringologia ou Fonoaudiologia o quanto antes. É necessário realizar um teste auditivo e outros exames médicos para localizar a deficiência. Detectada a deficiência auditiva, avalia-se a necessidade e a importância da indicação correta de um aparelho auditivo, o qual deve estar adaptado às necessidades específicas de cada pessoa. No caso da deficiência em crianças, deve-se observar que há diferentes tipos de problemas auditivos e deve-se recorrer a métodos que melhor se adaptem às necessidades de cada criança. Sempre que recomendado pelo especialista, o aparelho de amplificação de som individual deve ser providenciado o mais cedo possível. Deve haver também cuidados com sua manutenção para que um aparelho quebrado ou mau ajustado não prejudique ainda mais a criança deficiente. Dependendo do grau de deficiência auditiva, a educação especial deve ser indicada e iniciada o quanto antes. Como evitar Há várias formas de se evitar a deficiência auditiva. A mulher deve sempre tomar a vacina contra a rubéola, de preferência antes da adolescência, para que durante a gravidez esteja protegida contra a doença. Se a gestante tiver contato com rubéola nos primeiros três meses de gravidez, o bebê pode nascer surdo. A criança deve receber todas as vacinas contra as doenças infantis como sarampo e outras para prevenir-se contra possíveis deficiências. Também devem ser evitados objetos utilizados para "limpar" os ouvidos, como grampos, palitos ou outros pontiagudos. Outro cuidado a ser observado é para a criança não introduzir nada nos ouvidos, correndo-se o risco de causar lesões no aparelho auditivo. Se isto ocorrer, o objeto não deve ser retirado em casa. A vítima deve procurar atendimento médico. Fonte: Associação Amigos Metroviários dos Excepcionais - AME, para ser publicada no site da Rede Entre Amigos.

O que é Deficiência Mental?

Deficiência mental – caracteriza-se por registrar um funcionamento intelectual abaixo da média ,oriundo do desenvolvimento ,juntamente com limitações associadas a duas ou mais áreas de conduta ou da capacidade da pessoa responder adequadamente ás demandas da sociedade, ou seja, tem uma dificuldade de assimilar ou adaptar-se, ao que ocorre a sua volta, não que dizer que ele não aprenda, só tem dificuldade de aprendizagem.
CAUSA E FATORES INTERNOS E EXTERNOS DA DEFICIENCIA MENTAL
1. São muitos comuns em certas regiões montanhosas a devido á falta de iodo na dieta alimentar.
CAUSAS GESTACIONAIS
2. ANÓXIA falta prolongada de oxigênio no cérebro do feto durante o processo do nascimento.
3. SÍFILIS NA GRAVIDEZ doença infecciosa universal comoposlitana, que dizimou milhões de pessoa na idade média.
4. TOXOPLASMOSE NA GRAVIDEZ processo infeccioso determinado pelo protozoário toxoplasma Gundu.
CAUSAS PERINATAIS
1. SOFRIMENTO FETAL AGUDO - traduz o estado de restrição de oxigênio no sangue do feto ( hipoxemia)
2. HIPERATIVIDADE UTERINA ACENTUADA-: redução do fluxo sangüíneo .
3. HIPOTENÇÃO MATERNA redução do fluxo sanguíneo materno nas câmeras intervilosas e conseqüentemente restrição de parte fetal de oxigênio.
PRINCIPAIS CAUSAS PÓS- NATAISFENILCETONÚRIA: principal motivo pelos quais se realiza o teste do pezinho. É o defeito genético do metabolismo dos amino-ácidos; err inato determinado pela impossibilidade metabólica de transformações da fenil-alanina em outro aminoácido: a tirosina.
HIDROCEAFALIA o acumulo do liquido cefálico-raquidiano no sistema ventricular se relaciona intimamente com lesão cerebral, podendo ser causada ou efeito da mesma.
ORIENTAÇÃO PARA PAIS
A forma como os pais criam seus filhos reflete no modo com eles lidam com o problema. Se a criança deficiente for estimulada física e socialmente de forma global, tende a se desenvolver melhor. Deve-se estabelecer limites para todos os irmãos, pois só assim eles se sentirão realmente seguros.“Muitos pais privam a criança deficiente de enfrentar situações difíceis, tirando seu direito de lidar com as emoções da vida.”Aprendendo com a família e a sociedade, ela também terá seus valores e descobrirá, da mesma forma que os irmãos ou outra pessoas, que a vida tem regras, normas e que o mundo não é perfeito. “ Os pais e pessoas queridas são a base de sustentação para a pessoa com deficiência mental.”Inclusao dos deficientes mentaisPor parte das escolas:integração social de dois alunos com necessidades educacionais na pré-escola e na primeira série do Ciclo I.Por parte da Administração Escolar:*envio de materiais adequados às escolas;*participação de dois professores de apoio à escola no primeiro ano, e um terceiro professor, e um fonoaudiólogo ao longo dos quatro anos seguintes;*eliminação das barreiras arquitetônicas que impedem a integração dos deficientes físicos;*orientação das equipes de profissionais para uma dedicação especial para os centros que optaram pelo projeto de integração;*garantia de estabilidade para os professores dos referidos centros durante três anos de realização do projeto.adaptaçoes no computadorDireitos dos deficientes mentais:*os deficientes mentais devem gozar, no máximo grau possível, os mesmos direitos dos demais seres humanos.*direito à atenção médica e ao tratamento físico exigido pelo seu caso*sempre que possível, devem residir com sua família, ou em um lar que substitua o seu lar, e participar das diferentes formas de vida da sociedade.*deve ser protegido de toda exploração e de todo abuso do tratamento degradante.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Crianças Especiais precisam ter direito à Inclusão na Educação Infantil

Todas as crianças são muito especiais, mas algumas delas precisam de um apoio, de um olhar, de um saber diferenciado do adulto. Como ela não possui todos os instrumentos necessários para o processo de aprendizagem, que gere um desenvolvimento normal, a sua interação com as pessoas com quem convive fica prejudicada. É necessário estimulá-la para que supere os obstáculos a enfrentar a toda hora. É necessário também uma grande sensibilidade para saber como ajudá-la na medida justa, e não mais do que isto, para que a criança experimente a sensação insubstituível de vitória pessoal. A ajuda excessiva fará com que sua independência seja retardada. A identificação precoce de uma deficiência em uma criança, por menor que seja, e seu imediato encaminhamento a um especialista, pode fazer uma enorme diferença, que mudará decisivamente o futuro desta criança.A pergunta crucial é: como incluir essas crianças no grupo sem que elas se sintam marginalizadas?O ambiente em que o portador de deficiência vai ser recebido é um fator muito importante. A escola infantil deve ser próxima de sua residência, facilitando o acesso e oferecendo maiores oportunidades de contato com as crianças da vizinhança de sua comunidade. A escola deve contar com uma equipe de educadores acolhedores e receptivos à idéia da inclusão. Deve estar aberta ao diálogo com a família e com os profissionais especializados que fazem o acompanhamento dessas crianças. Todas as barreiras do ambiente físico também precisam ser eliminadas, para oportunizar espaço e segurança para todas as crianças.O sucesso da inclusão vai depender muito da compreensão, da empatia, dos conhecimentos, da flexibilidade e da disposição em aprender das pessoas que recebem essas crianças com necessidades especiais. Muitas vezes a falta de informação, aliada ao preconceito que têm raízes profundas, que faz com que as pessoas as rejeitem ou se sintam inseguras em relação a elas. Entrar em contato com uma criança portadora de deficiência também pode trazer à tona sentimentos de piedade, de superproteção e até de culpa, devido ao trabalho extra que ela pode representar e à sensação de que não se está respondendo às suas solicitações, na medida em que ela necessita.Questões como o excesso de crianças em uma turma, o acúmulode tarefas da professora, o planejamento dirigido à maioria das crianças, as diferentes demandas dos serviços de orientação, supervisão e administração, muitas vezes tornam a professora cética, quanto às possibilidades de adaptação desta criança especial. Dar-se conta destes sentimentos é um grande desafio, tão grande quanto procurar as soluções que garantam o bem-estar de todas as crianças, assegurando aos educadores de que estão agindo de forma consciente e correta em relação a elas.A atitude da direção da Escola é um fator essencial para a inclusão do portador de deficiência ao ambiente da escola. Uma diretora que seja sensível ao problema e que tenha um bom relacionamento com toda a sua equipe de educadores, que tenha um bom diálogo com a família e com a professora especializada, favorecerá o trabalho de integração. Sua atitude sempre contagia toda a equipe, o sucesso de experiências já realizadas dita isto.Um relacionamento próximo com os profissionais especializados dará elementos à equipe técnica de orientação pedagógica para identificar possíveis problemas que estejam ocorrendo com a criança especial. Esta colaboração entre especialistas melhora sensivelmente a tarefa de encontrar soluções e recursos necessários para alcançar os objetivos comuns.A professora que terá a criança deficiente em sua turma precisará de apoio constante, de avaliação periódica e de informação e troca de experiências para poder planejar adequadamente as suas atividades, além do envolvimento da direção, da equipe técnica e de todos os educadores no trabalho de integração. Esta criança necessita de um ensino que esteja baseado em vivências reais. Isto exige da professora um comportamento mais ativo, inovador e flexível. Ela precisa estar atenta não só as necessidades de todas as crianças não deficientes, mas também às necessidades da criança portadora de deficiência.Esta atitude certamente beneficiará também as crianças “normais”, que serão igualmente estimuladas a utilizar todos os seus sentidos. Inúmeros estudos e pesquisas comprovam que o convívio entre crianças com deficiência e as outras crianças é saudável para ambos os lados, pois a criança deficiente precisa sentir-se aceita para superar suas dificuldades e a criança não deficiente aprenderá desde cedo a aceitar as diferenças que existem entre as pessoas.As crianças são de maneira geral mais receptivas às diferenças, mais sinceras e solidárias, infelizmente, muitas vezes, o preconceito é passado dos adultos para elas. As crianças devem ser preparadas para receber os coleguinhas especiais. Algumas delas gostarão de experimentar, tentando realizar tarefas como se fossem portadoras de alguma deficiência, como usar cadeira de rodas, ter os olhos vendados ou os ouvidos tapados. Se este procedimento partir da criança, não só será válido, como inclusivo.

Sobre a Espiritualidade dos Animais



...Naquela época, desfrutávamos da adorável companhia de um cãozinho vira-lata que havíamos adquirido há pouco mais de dois anos. Ele ainda era uma criança, mas possuia atitudes que se pareciam com as emoções humanas. Seu nome era Focinho , apelido que ele adorava. Parecia que nos comunicávamos misticamente, pois às vezes ele parecia adivinhar nossos pensamentos. O mês de junho do ano passado foi significativamente frio e dei de presente a ele um cobertor muito quentinho, o que o deixou feliz. No dia 4 de junho ele me olhava de forma estranha, mas não aparentava nenhuma doença, pois estava devidamente vacinado. Quem estava doente sim, era eu, talvez deprimida, sem energia vital para fazer até pequenos serviços caseiros. Era como se eu fosse morrer a qualquer instante, e creia, eu pensei que morreria brevemente. À noite, como era de praxe, troquei sua água, verifiquei sua casa, abracei-o e dei-lhe um beijo de boa noite. ( Boa noite Filhinho, mamãe vai dormir e quer que você durma bem quentinho ). Focinho olhou-me muito demoradamente, lambeu meu rosto como num beijo de adeus e seu olhar parecia de despedida. Preocupei-me e examinei-o para ver se estava doente, verifiquei seus olhos, sua boca, suas orelhas e nada encontrei de diferente. Então pensei : "O negócio é comigo e Focinho está se despedindo de mim, acho que vou morrer esta noite". Abracei-o fortemente e me despedi pela última vez dizendo: "Até a próxima existência, com certeza nos encontraremos lá". Nesta noite, orei longa e silenciosamente sem nenhum temor. Se era para acontecer comigo, que acontecesse, eu não tentaria mudar o meu destino nem pedir socorro a ninguém. O dia 5 de junho de 1997 amanheceu chuvoso e frio e eu ainda estava viva. Corri para a porta, abri rapidamente e chamei: "Crianças ( tinha mais tres gatos e uma cachorrinha, Bella ), bom dia". Era assim que os chamava todas as manhãs. As gatas e a Bella vieram correndo dar-me bom dia, mas Focinho não apareceu. Chamei-o mais uma vez, pois ele era sempre o primeiro a chegar. Nada. Corri à sua casa e encontrei-o ainda deitado, como se num sono profundo demais para ouvir o meu chamado. Percebi neste momento que ele havia ido embora para sempre. Narrei esta experiência para deixar bem claro que Focinho sabia o que ía acontecer e eu não percebi que ele era bem mais sensível que eu. Jurei naquele momento que em minha próxima reencarnação farei companhia a ele, não como humano, mas como um cachorrinho, para poder compartilhar com ele de sua experiência de vida não-humana. Isto encandalizou muitos, que diziam que ele renasceria em sua próxima existência como humano. Contrariei a todos jurando que a experiência seria ao contrário. Percebi que existe uma sensível ligação telepática entre os humanos e os não-humanos, e que Focinho sabia realmente desta ligação, e entendia todos os meus pensamentos. Morreu com dignidade, dando um exemplo para todos àqueles que relutam diante do inevitável. Aprendi muito com ele. Quero, em meu momento final ter esta dignidade que ele me ensinou. Obrigada pela oportunidade de relatar esta experiência.Lilith.( Experiência vivida e autorizada a publicação por Lilith e enviada pela Internet por Marlí. Fato verídico ocorrido em 04/06/97 )